Procedimento administrativo contra ex-prefeito envolve transporte escolar: “Segui recomendação do MPF”
O ex-prefeito de Valença, Ricardo Maia (sem partido), se pronunciou sobre a abertura de procedimento administrativo movido pelo Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA) para investigar possíveis prejuízos ao erário público, devido a informações de supostos desvios de recursos do município do baixo sul do estado.
Ao Bahia Notícias, Maia diz ter sido denunciado pela oposição ao seguir recomendação do MPF-BA para fazer distrato com empresa responsável pelo transporte escolar e firmar contratos individuais, diretamente, com motoristas.
“O Ministério Público nos convocou e ele nos pediu, como pediu a Gandu, Tancredo Neves, Piraí do Norte, Wenceslau [Guimarães] e Teolândia, que rescindisse o contrato com as empresas e fizesse direto com o motorista. Nós tínhamos em torno de 90 motoristas na zona rural. No momento eu não fiz, mas quando o contrato da empresa acabou, eu fiz e fizemos uma economia de R$ 378 mil por mês”, afirmou. Neste contrato com a pessoa física, Maia diz que a manutenção dos veículos ficava a cargo de cada motorista.
Conforme Maia, o contrato antes da mudança era de R$ 980 mil, com a utilização de 100 veículos. O ex-prefeito diz que empresa responsável pelo transporte escolar prestava serviços desde a gestão anterior e que ao assumir a prefeitura, em 2017, a companhia venceu novamente a licitação e ficou operando por mais dois anos.
Segundo o MP-BA, os prejuízos supostamente foram praticados pelos ex-secretários de Educação e de Finanças, Daniel Alves Reis e Maria das Graças Malta Alves Lemos, respectivamente, e pelo então prefeito.