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Oposição vai ouvir Bruno Reis e ACM Neto sobre posicionamento para indicação ao TCM, diz Alan Sanches

Por Lula Bonfim

Foto: Leonardo Almeida / Bahia Notícias

O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado estadual Alan Sanches (União), declarou nesta quinta-feira (2) que o grupo deve ouvir o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), e o ex-prefeito da cidade, ACM Neto (União), antes de tomar uma decisão acerca da indicação da Casa para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

 

De acordo com Sanches, Marcelo Nilo (Republicanos) e Tom Araújo (União) foram os dois quadros políticos que procuraram os oposicionistas para demonstrar interesse na vaga aberta para o TCM.

 

“Do lado de cá, tem procurado a gente tanto Marcelo Nilo quanto Tom Araújo, que são os dois que têm se colocado. A nossa bancada não se reuniu. Marcelo pediu para falar com a bancada na reunião, ele falou com os 19 deputados que estavam lá. Se apresentou, falou dos motivos pelos quais ele estava pleiteando, mas a bancada em si não tomou a decisão”, afirmou Sanches, em entrevista ao programa BN no Ar, da rádio Salvador FM.

 

“Inclusive, para que a gente possa dialogar em bancada sobre isso, eu tenho que ouvir Bruno Reis e ACM Neto, qual é a postura deles em relação a isso. Ou se vamos liberar a bancada para cada um tomar a sua decisão”, continuou o líder da oposição.

 

Para Sanches, já está claro que o nome que será defendido pelo governo do estado é o da enfermeira Aline Peixoto, esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). O oposicionista questiona se a ex-primeira-dama cumpre os pré-requisitos necessários para ser uma conselheira do TCM.

 

“Eu não tenho absolutamente nada contra Aline. Eu não a conheço. Acho que eu a cumprimentei em duas oportunidades talvez, mas não tenho a menor intimidade, então eu não posso falar sobre a pessoa. O que me dizem é que é uma mulher lutadora, guerreira, trabalhadora e bem dinâmica. Mas existem alguns pré-requisitos que, para disputar essa vaga de conselheira, são necessários para que seja colocado o nome”, disse Sanches.

 

“Será que a ex-primeira-dama – e eu não estou julgando ela – preenche esses pré-requisitos? Porque a formação básica dela é de enfermeira. Será que ela preenche? Não sei, porque não li o currículo, porque ainda não foi encaminhado à Assembleia”, complementou o parlamentar.

 

Sanches apontou que a indicação de Aline Peixoto é uma contradição com o discurso histórico do PT, de escolher por quadros políticos que construíram uma história dentro dos partidos de esquerda. Segundo o líder da oposição, o caso se aproxima de forma tênue ao nepotismo.

 

“Aqueles que sempre estiveram ali segurando o grupo, trabalhando pelo grupo, e que têm interesse de ir para o Tribunal de Contas dos Municípios, será que não teriam uma chance? Será que, a partir de agora, para que você tenha uma vaga em algum órgão ou instituição, você tem que ter o DNA ou um parentesco com alguém para ser indicado? É uma linha muito tênue para dizer o seguinte: ela está sendo indicada apenas porque é a ex-primeira-dama? Tem que ficar claro”, questionou o deputado.

 

“Porque senão fica muito fácil: eu estou no poder, então eu vou botar meu filho, minha esposa, meu primo, a minha família. É o famoso nepotismo. O ministro falou que não tem o dedo dele. Pelo amor de Deus! Se ele disser isso assim, você tem que acreditar no conto da Carochinha”, finalizou Alan Sanches.