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Mauro Cid tentou vender Rolex recebido por Bolsonaro durante viagem oficial

Por Redação

Foto: Lula Marques / Agência Brasil

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, tentou vender um relógio da marca Rolex por R$ 291 mil. O acessório foi recebido em viagem oficial pelo ex-presidente, em 2019. A tentativa foi registrada em documentos enviados à CPI dos Atos Golpistas no Congresso Nacional. As informações foram publicadas pelo g1.

 

Em 11 de novembro de 2019, o Rolex foi protocolado no Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do gabinete da Presidência da República como "acervo privado".Nesse mesmo registro, consta uma liberação do relógio no dia 6 de junho de 2022.

 

Essa é a mesma data em que, segundo integrantes da CPI dos Atos Golpistas, Mauro Barbosa Cid trocou e-mails em inglês para tratar de uma possível venda do relógio por US$ 60 mil (mais de R$ 291 mil).

 

Os e-mails não deixam claro quem estava negociando com o então ajudante de ordens de Bolsonaro. Segundo o relatório, na época, Mauro Cid se correspondia com Maria Farani, que assessorava o Gabinete Adjunto de Informações do gabinete pessoal de Bolsonaro.

 

Maria foi afastada da Presidência da República em janeiro de 2023. Em um dos e-mails obtidos pela CPI, a mensagem diz, em inglês:

 

"Olá Mauro, obrigada pelo interesse em vender o seu Rolex. Tentei falar com você por telefone mas não consegui. Pode por favor me falar se você tem o certificado de garantia original do relógio?".

 

"Quanto você espera receber por essa peça? O mercado para Rolex usados está em baixa, especialmente para relógios cravejados de platina e diamante (já que o valor é tão alto). Só queria me certificar de que estamos na mesma linha antes de fazermos muita pesquisa. Espero ouvir notícias suas".

 

Segundo os documentos obtidos pela CPI, Mauro Cid responde à mensagem de Maria Farani. Neste caso, o material da CPI não indica o cabeçalho da mensagem, somente o conteúdo:

 

"Olá ..., Nós não temos o certificado do relógio, já que foi um presente recebido em viagem oficial de negócios. O que temos é o selo verde de certificado superlativo, que acompanha o relógio. Além disso, posso certificar que o relógio nunca foi usado. Pretendo receber por volta de $ 60.000 pela peça. Agradeço o retorno rápido. Mauro Cid".