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Flávio Dino afirma que cenário da segurança pública na Bahia é diferente do Rio e que governo “não enxuga gelo”

Por Victor Hernandes / Thiago Teixeira

Foto: Mateus Pereira/GOVBA

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, cumprindo agenda na Bahia nesta quinta-feira (5), afirmou em entrevista coletiva, que discorda que o combate à violência no Rio de Janeiro seja “enxugar gelo” - opinião dada por alguns especialistas em segurança pública - e disse que o cenário de violência na Bahia é diferente do cenário fluminense.

 

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O ministro também destacou que o foco do governo federal, para combater o fortalecimento, em décadas, das facções criminosas é no trabalho de inteligência, investigação, descapitalização das facções (tirar dinheiro das facções), e combater o acesso a armas em todos os estados brasileiros e também em outros países, sobretudo os que fazem fronteira com o Brasil.

 

Dino ainda destacou o compromisso em diminuir a letalidade policial na Bahia. “O presidente Lula determinou a máxima prioridade [contra as facções criminosas] e eu sei que o governador Jerônimo está também mobilizado para essa ideia da menor letalidade possível. A polícia, quando atua, tem, evidentemente, o caminho prioritário, o caminho da investigação, da inteligência, da operação que resulta em prisões, sem que haja o uso da força. Mas a polícia não tem o direito, ela tem o dever de, quando necessário, fazer o uso da força, o uso comedido, proporcional da força. Mas nós estamos trabalhando todos os dias, e para nós salvar uma vida não é enxugar gelo. Eu discordo dessa visão.”, comentou o ministro da Justiça.

 

Ainda nessa linha, Flávio Dino destacou que não concorda com a visão “criminalizadora das polícias” e que a diminuição da letalidade policial visa proteger o próprio agente. O ministro ainda relembrou o caso do policial federal Lucas Caribé, morto no bairro de Valéria, em Salvador, no dia 15 de setembro.

 

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“Nossa linha de trabalho é para que, inclusive, haja essa redução da letalidade de um modo geral. Abrangendo policiais nossos que morrem, como eu mencionei o Lucas [Caribé], e minimizar as mortes da sociedade. Ninguém quer a confrontação. Mas por outro lado, o uso da força é inerente à função policial e eu não concordo com a visão criminalizadora das polícias. Isso não é bom para o Brasil”, destacou Flávio Dino afirmando esse é o caminho para se ter um policiamento cada vez melhor no Brasil.

 

AGENDA NA BAHIA

Flávio Dino está na Bahia, nesta quinta-feira (5), por conta da inauguração de obras na Sede da Superintendência Regional da Polícia Federal, em Salvador; da entrega simbólica da delegacia da PF em Vitória da Conquista; da assinatura de Termo de Autorização para implantação da Delegacia da PF em Feira de Santana; e da assinatura para criar uma Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) em Ilhéus.