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“A gente ainda vive em um sistema onde esse tipo de assunto não é levado tão a sério”, diz Karol Conká no Liberatum

Por Eduarda Pinto / Camila São José

Foto: Edurada Pinto / Bahia Notícias

Escolhida para integrar a mesa sobre saúde mental no Festival Internacional Liberatum Salvador, a cantora e compositora, Karol Conká, cobrou a necessidade de pautar o tema, ainda mais diante da exposição nas redes sociais. Ao lado de Kito Góes e Marcelo Zig, a curitibana fez parte da programação do evento neste sábado (4), no Centro de Convenções. 

 

“É necessário falar sobre isso, porque a gente ainda vive em um sistema onde esse tipo de assunto não é levado tão a sério e é como se a gente não precisasse se aprofundar nesse tema”, defendeu. 

 

Sobre o talk “Resiliência na era da conexão: cuidando da saúde mental em um mundo hiperconectado”, o psicólogo e analista de comportamento, Kito Góes, acredita que ao falar da temática é preciso também associá-la diretamente às garantias direitos e conquistas sociais do povo negro. 

 

“Faço terapia há oito anos. Então, eu costumo dizer que a minha trajetória como alguém que faz terapia há tanto tempo contribui fundamentalmente para eu poder estar aqui hoje”, pontuou. “Nós jamais conseguiremos uma série de emancipações, sobretudo para nós pessoas negras, se a saúde mental não for um critério fundamental de todo o debate seja ele público ou privado”, reforçou. 

 

Conhecido nas redes como Afrodeficiente, o filósofo, palestrante, provocador social e ativista, Marcelo Zig, acredita que o debate sobre saúde mental ainda é algo negado a pessoas com deficiência, ainda mais pessoas negras com deficiência, como ele. 

 

“Enquanto uma pessoa negra com deficiência falar sobre saúde mental é algo ainda bastante inusitado, inóspito, que a gente ainda tem uma invisibilidade muito violenta nas relações sociais, na ocupação dos espaços. Então, para que a saúde mental ainda se torne uma perspectiva para uma pessoa com deficiência, mais especificamente uma pessoa negra com deficiência, a gente precisa estar nos espaços e a gente precisa ocupar os territórios para que isso realmente se torne uma demanda pra gente e para a sociedade entender a nossa perspectiva também”.