Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Economia

Notícia

“Deflação global de custos” é responsável pelo recuo de 8,6% das importações baianas, aponta SEI; entenda

Por Thiago Teixeira

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

 

Na mesma linha que as exportações baianas que, em outubro, registraram queda pelo oitavo mês consecutivo (-23,4%), as importações da Bahia também tiveram queda no mês passado, embora em ritmo bem menor que as exportações.

 

Em outubro elas totalizaram US$ 684,8 milhões, com recuo de 8,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, houve uma forte retração dos preços (-28,1%), mas com aumento dos volumes desembarcados em 27%.

 

As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

 

No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 8,96 bilhões, com queda de 23,6% comparado a igual período de 2022. As importações foram a  US$ 7,46 bilhões, também com queda de 23,4%.

 

O saldo comercial do estado no período chegou a US$ 1,5 bilhão, 24,8% inferior ao mesmo período do ano passado. Já a corrente de comércio atingiu US$ 16,4 bilhões, também com redução de 23,6% no comparativo interanual.

 

De acordo com a SEI, o comportamento dos preços de importação “está relacionado à deflação global de custos, considerando que em 2022 houve pressão de preços de matérias-primas e de importações como um todo”. 

 

Basicamente, no ano passado houve uma pressão na alta dos preços de commodities gerada principalmente por causa do estouro da invasão russa à Ucrânia. Isso fez com que diversos produtos ficassem mais caros devido à escassez de matéria-prima.

 

Hoje, o cenário mundial vem se estabilizando e é natural que produtos, outrora mais caros, apresentem redução em seus preços. Vale ressaltar que a deflação é quando há uma queda na média dos preços. Ou seja, isso não significa necessariamente que todos os preços tiveram queda, mas sim que alguns setores tiveram redução de preços enquanto outros ficaram mais caros.

 

CATEGORIAS

Todas as categorias em outubro apresentaram redução, com exceção dos bens intermediários (insumos e matérias primas utilizados na indústria), que cresceu 11,7%.

 

Essa categoria respondeu por 62,7% das compras totais do estado no mês de outubro e traz alento para a atividade industrial com possibilidade de alguma recuperação marginal de produção no último trimestre do ano. 

 

Os principais recuos foram registrados nos seguintes produtos: trigo (-12%), querosene (-28,4%) e borracha (-21,4%). Quanto aos fertilizantes, cujas compras do exterior ainda são impactadas pela guerra no leste europeu, o aumento da quantidade importada foi de 160,8%, na comparação com outubro de 2022, mas as despesas só cresceram 8,4%, devido a vertiginosa queda nos preços médios que chegou a 58,4% no comparativo interanual.

 

Além dos fertilizantes, destaque no mês para o crescimento nas compras de nafta (518,7%), células fotovoltaicas (206,2%), malte (33,2%) e máquinas e aparelhos mecânicos (31,2%).