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Prefeitura de Salvador ajusta projeto de revitalização da Castro Alves e reenvia para avaliação do Iphan; entenda

Por Mauricio Leiro

Foto: Reprodução / Wikimedia Commons

A intervenção na Praça Castro Alves segue sem uma data para ter início. Apesar disso, com procedimentos prévios para a análise da antiga estrutura do Teatro São João - um dos maiores e mais representativos do século XIX e XX revelada pelas escavações da obra de requalificação da Praça Castro Alves (relembre aqui) -, a prefeitura de Salvador já tem uma saída. 

 

Recentemente, segundo o superintendente Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Bahia, Bruno Tavares, o achado, apesar de ser publicizado agora, não é uma novidade para o órgão, que já sabia da existência de construções abaixo do local. A informação, no entanto, só seria divulgada após a conclusão da pesquisa que vai coletar dados históricos e a devolução urbana da praça - após as obras que estão sendo executadas.

 

O imbróglio deve ser finalizado já que, segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias e confirmadas pelo Iphan, dão conta que a prefeitura encaminhou novamente o projeto para autorização do Iphan, com a adequação do projeto para autorização de órgãos estaduais e federais para a permissão da realização da intervenção. A obra, que agora está sob a tutela da Fundação Mário Leal Ferreira, representando a prefeitura de Salvador, deve reencaminhar o os ajustes, baseado em alguns pedidos feitos pelo Ipac, órgão estadual.

 

Ao BN, o Iphan indicou que "aprovou projeto de intervenção na Praça Castro Alves solicitado pela Prefeitura de Salvador. Após a aprovação, houve a apresentação de mudança do projeto aprovado, que está em análise pelo Iphan. Ao IPAC compete autorizar o que está tombado e protegido pelo órgão, sugiro entrar em contato com eles para averiguação sobre este caso.Os prazos para execução de obras e reformas de projetos aprovados pelo Iphan é de até dois anos". 

 

Além disso, o procedimento de licitação para a obra já teria perdido a validade, mesmo já escolhendo a empresa, com mais de um ano de realização. O temor seria que a Praça Castro Alves sofra o impacto da interdição em um período crucial para Salvador: o Natal e o Carnaval. Sem a realização da intervenção, a praça pode permanecer interditada nos dois períodos, momento onde turistas e baianos costumam frequentar a região de forma mais intensa. 

 

A intervenção também estaria impactando nas intervenções feitas no Palácio dos Esportes. O ambiente também foi arrematado por um fundo de investimentos que administra o Enseada Praia do Forte, no Litoral Norte. Com valor de R$ 9 milhões, o antigo Palácio dos Esportes, na Praça Castro Alves, Centro Histórico de Salvador, era de propriedade do governo do estado e deve passar a sediar um hotel. Empresários de diversos segmentos da economia baiana participam do fundo de investimento que irá controlar o empreendimento, entre eles o presidente do Bahia Guilherme Bellintani, Tiago Coelho, Sidônio Palmeira, João Gualberto, André Pedreira de Freitas e o ex-prefeito ACM Neto.

 

Informações de bastidores obtidas pelo BN apontam que o grupo chegou a cogitar "devolver" o espaço, por conta da incerteza e insegurança sobre a viabilidade da reforma do local. Apesar disso, recentemente, o grupo teria firmado uma parceria com um grupo empresarial que já atua na região do Centro Histórico e seguirá com o projeto, aguardando o caminhar das autorizações e intervenções na praça. 

 

HOMENAGEM NA PRAÇA

Além da reforma, uma estátua de Moraes Moreira, que ficará ao lado do monumento de Castro Alves, na praça de mesmo nome, deve ser entregue em 2024. De acordo com o diário oficial da capital baiana, divulgado na última quinta-feira (7), o contrato para a execução da obra terá um prazo de seis meses. 

 

Além do busto, o local vai passar a abrigar um palco de arena que será batizado com o nome Moraes Moreira. A inauguração da praça estava prevista para fevereiro de 2022. A peça será executada pelo artista Roberto de Araújo Correia, profissional exclusivo da Fundação Gregório de Mattos (FGM) e custará R$ 112.292,40 aos cofres públicos. A publicação é assinada pelo presidente da FGM, Fernando Guerreiro. 

 

A inauguração vai fazer parte de uma homenagem ao artista, explica o presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro. "Após o Carnaval, a gente deve inaugurar um monumento em homenagem a ele, vem essa homenagem fortíssima aí", adianta. A estátua terá o artista segurando um violão e deve ser colocada na Praça Castro Alves.