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Salvador se prepara para chuvas nos 365 dias do ano, garante Codesal; entenda operação

Por Gabriel Lopes

Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

Operação prevista para os 365 dias do ano. Essa é a filosofia adotada pela prefeitura de Salvador para a "Operação Chuva". Apesar de a capital baiana ter entre os meses de março e junho a maior incidência de chuvas, a gestão se prepara ao longo de todo o ano. Segundo o diretor da Defesa Civil de Salvador, Sosthenes Macedo, um exemplo claro disso é a situação vivida na capital baiana nesta semana com a intensidade de precipitações.

 

"Essa semana por exemplo, verão e sol, e a gente tem chuva chegando com muita força no estado da Bahia. A gente fica atento também por Salvador, que é uma cidade com a topografia complexa, com histórico de deslizamento de terra, histórico de desabamento, de riscos", disse em entrevista ao Bahia Notícias.

 

"Nós reestruturamos a Defesa Civil de Salvador quando deixamos de atuar na perspectiva apenas da contingência, mas principalmente na perspectiva da prevenção. Uma série de programas do plano municipal de redução de riscos são colocados em ação. Um desses é o simulado, mas observe que para realização de simulados nós passamos por algumas etapas anteriores", acrescentou.

 

O simulado de evacuação de área citado por Sosthenes é uma das etapas seguidas pela Codesal na fase preparatória da Operação Chuva. O exercício iniciou com os moradores de Vila Picasso, na Capelinha, e Voluntários da Pátria, no Lobato. A ideia da Defesa Civil é avaliar, em tempo real, o processo de remoção das pessoas das áreas consideradas de riscos e preparar a comunidade a atuar em uma possível evacuação em períodos de intensa chuva.

 

Ainda durante o bate-papo, o gestor explicou o passo a passo das ações, que contam ainda com apoio de outras secretarias em atuação junto a Codesal.

 

"Nós realizamos simulados nas 14 áreas que contam com o sistema de alerta e alarme. Nós provocamos as populações destas localidades para que saibam quais os caminhos percorrer até a escola que servirá de abrigo. É uma parceria com a Secretaria Municipal da Educação eles recepcionam os moradores dessas áreas e de modo rápido a Secretaria de Promoção Social dá o acolhimento social a essas famílias", disse.

 

Sosthenes também esclarece que, segundo os protocolos da Codesal, o acionamento das sirenes do Sistema de Alerta e Alarme ocorre nas comunidades mediante um acumulado de chuva de 150 mm em até 72 horas, com a perspectiva de continuidade por mais 24 horas. Além disso, a instrução aos moradores de área de risco onde houve o acionamento é a saída imediata do imóvel, portando apenas documentação mínima e remédios.

 

"Somado a isso a vistoria do plano preventivo e defesa civil, que consiste na ida de engenheiros que realizam vistorias e apontam os sinais em que aquela localidade pode desdobrar com a chegada do fenômeno. Isso tudo feito nós enviamos o SMS, tempo esse em que nossas equipes de articulação comunitária se deslocam para campo para ir de casa em casa provocando as pessoas para que saiam da sua naquele momento de crise, que possam se abrigar ou na casa de algum vizinho, mas o município também sempre colocando à disposição as escolas e os abrigos do município para que elas estejam em condição de segurança no momento dos maiores acumulados pluviométricos", ressalta.

 

CONHEÇA A OPERAÇÃO CHUVA

Realizada anualmente entre março a junho, a Operação Chuva adota ações de prevenção e de resposta implementadas pela Prefeitura de Salvador por meio do Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil (SMPDC). Nas últimas três operações não foram registradas ocorrências fatais em decorrência das chuvas.

 

Ao longo da operação são intensificadas as vistorias técnicas, principalmente em áreas de encostas suscetíveis à deslizamentos de terra. Entre as ações preventivas, a Defesa Civil de Salvador, em parceria com a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), aplica lona plástica para impermeabilização de terrenos de encostas. Além da colocação de lona, as equipes da Limpurb realizaram serviços de capinação, roçagem, retirada de entulho, remoção de terra, lixo e limpeza de valetas.

 

A aplicação de geomantas em áreas de risco integra também a estratégia de ações preventivas desenvolvidas pela Codesal, como preparativo para a Operação Chuva.