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Aliados sugerem aproximação do governo com Igor Kannário, mas Jerônimo teria vetado diálogo; saiba motivo

Por Mauricio Leiro

Foto: Juracy Feitosa/Ag. Fred Pontes

Os petardos desferidos pelo cantor e ex-deputado federal Igor Kannário, durante sua passagem no Carnaval de Salvador, neste ano, ainda repercutem, pelo menos no campo político. Focando na prefeitura de Salvador, Kannário teve o nome ventilado para integrar a gestão estadual, comandada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), porém sem sucesso. 

 

Informações que chegaram ao Bahia Notícias dão conta que, após as "espetadas" de Kannário à gestão da capital, alguns aliados do governador teriam sugerido uma "aproximação" do grupo ao ex-deputado federal. Apesar da indicação, Jerônimo teria sido enfático ao negar o movimento, em razão do "passado de críticas" feitas pelo pagodeiro. A "virada" de lado então, teria sido sepultada antes mesmo de ser discutida entre as partes. 

 

Além das "questões" com a Polícia Militar, Kannário foi avaliado como "incontrolável". O perfil "imprevisível" do também ex-vereador dificultaria qualquer relação política com o grupo, pensando em uma eventual disputa eleitoral na capital baiana. Durante sua passagem no trio-elétrico pelo Campo Grande, neste ano, o cantor indicou que está se despedindo do Carnaval de Salvador e afirmou estar sendo perseguido e ameaçado de morte

 

A fala ocorreu após o fracasso nas urnas em 2022, quando recebeu 20.514 votos e não conseguiu se reeleger para o cargo de deputado federal pelo União Brasil. Ligado ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), o cantor mudou de partido, já que em 2018 foi eleito para a Câmara dos Deputados pelo PHS, incorporado ao Podemos, com uma expressiva votação de 54.858 votos. Na época, somente em Juazeiro, Kannário, sem ter feito nenhuma campanha conseguiu 1.019 votos. 

 

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Apesar da votação, Kannário teve desempenho questionável em Brasília. O cantor foi o segundo deputado com mais faltas sem apresentação de justificativa na Câmara. Segundo levantamento feito pelo jornal O Globo, em 2022, foram 48 faltas desde 2019, perdendo apenas para José Priante, do MDB-PA, com 77 ausências sem explicação.

 

Mesmo assim, recentemente, ao BN, Kannário indicou que a política não está no radar. Ex-deputado federal, o artista descartou disputar uma vaga na Câmara dos Vereadores de Salvador em 2024

 

O passado do cantor comprova o "afastamento" do governo, já que, em 2020, o deputado federal à época, durante sua passagem pelo corredor de camarotes das televisões, no Campo Grande, declarou: “Se acontecer alguma coisa comigo, quem mandou me matar foi alguém da Polícia Militar”. Ele teria dito isto após uma briga debaixo do trio elétrico. A PM-BA informou que repudiava "as provocações e agressões feitas à tropa" por Kannário. "Além da atitude irresponsável e criminosa o também deputado federal incitou os foliões contra os policiais militares que faziam o policiamento do circuito Osmar", ressaltou.

 

Em 2024, logo após o incidente com a prefeitura de Salvador, o cantor ganhou outros dois motivos para se preocupar. Acusado de não aparecer para um show na cidade de Coelho Neto (MA) no último sábado (10), Kannário também não foi a Santa Rita (MA), onde tocaria nos festejos de Momo na noite do domingo (11).

 

De acordo com o blog de Marco Aurélio D'Eça, o baiano se apresentaria em Santa Rita às 21h e estava com voo marcado para sair do município do interior do Maranhão à 00h30. No entanto, Kannário e a produção ficaram incomunicáveis e, após várias tentativas de contato da prefeitura, o produtor teria informado que o artista não mais iria fazer a apresentação.