Sindicato dos Correios cobra mais investimento da gestão Lula após “sucateamento” durante governo Bolsonaro
Por Leonardo Valente / Thiago Teixeira
Durante os festejos do 2 de Julho, que ocorreram no Largo da Lapinha neste domingo (2), integrantes do Sincotelba (Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos no Estado da Bahia), cobraram do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mais investimento para “recuperar os Correios”.
O diretor de comunicação da entidade, André Aguiar, exigiu que sejam feitos mais concursos públicos para atingir o contingente necessário para a estatal "prestar um serviço de qualidade à toda população brasileira".
“Até a vitória do presidente Lula, estávamos vivendo seis anos de sucateamento. Então agora a nossa luta, junto com o presidente, é recuperar os correios. Desde de 2011 não são abertos concursos públicos nos Correios para prestar um serviço de qualidade à toda população brasileira”, afirmou o sindicalista.
INVESTIMENTO
No final de junho, os Correios anunciaram o investimento de cerca de R$ 350 milhões em ações para construção e modernização de centros operacionais e reforma de agências em diversas regiões do Brasil. Porém, a Bahia não foi incluída nessa leva de investimentos até o momento.
“Estamos cumprindo o compromisso que assumimos com as empregadas, os empregados e clientes dos Correios logo no início da gestão, de retomar os investimentos para garantir a qualidade no ambiente de trabalho e a excelência na prestação de serviços. Essa foi a missão que o presidente Luís Inácio Lula da Silva nos confiou: fortalecer os Correios”, afirmou o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos.
Na oportunidade, o presidente dos Correios destacou que há quase 10 anos a empresa não construía, com recursos próprios, um grande centro operacional – o último foi em Cuiabá, em 2014.
Em Brasília, o governo federal vai investir na construção de um moderno complexo operacional para abrigar as operações de tratamento, além de um centro de logística integrada. O investimento no complexo é estimado em cerca de R$ 190 milhões, entre obras e equipamentos.
Com mais de 40 mil m2 de área construída, o prédio irá receber uma máquina de triagem de encomendas com capacidade para tratar 300 mil objetos por dia, o que representa um aumento de 700% em relação ao tratamento manual realizado atualmente.
Além da unidade em Brasília, a estatal também está com processos em andamento para as obras dos centros operacionais de Londrina e de São Luís e para a construção de um hub internacional no Nordeste.
A partir de estudos técnicos, os Correios definiram que o centro internacional será construído em Natal. O Nordeste hoje recebe cerca de 23% das encomendas internacionais que os Correios entregam no Brasil.