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General Heleno defendeu “virar a mesa” antes da eleição de 2022

Por Redação

Foto: Carolina Antunes/PR

A íntegra do vídeo de uma reunião da cúpula do governo de Jair Bolsonaro em julho de 2022, encontrada durante a busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, expõe o ambiente de esforço para subverter o Estado democrático de direito. Em um dos trechos, o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, afirmou que seria necessário “virar a mesa” antes do pleito daquele ano.

 

“Não vai ter segunda chamada na eleição, não vai ter revisão do VAR. Então, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa, é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa, é antes das eleições. Depois das eleições, será muito difícil que tenhamos alguma nova perspectiva", disse Heleno, em vídeo divulgado com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Nessa mesma reunião, o ministro sugeriu que fossem infiltrados agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas campanhas do próprio Bolsonaro e também do principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, para “acompanhar o que os dois lados vão fazer”.

 

“O problema todo disso é se vazar qualquer coisa. Muita gente se conhece nesse meio. Se houver qualquer acusação de infiltração desse elemento da Abin em qualquer um dos lados...”, afirma Heleno, até ser interrompido por Bolsonaro. No encontro, o próprio ex-presidente defendeu medida similar para atuação antes da eleição.

 

"General, eu peço que o senhor não fale por favor. Peço que o senhor não prossiga mais na sua observação, não prossiga na sua observação. Se a gente começar a falar 'não vazar', esquece. Pode vazar. Então a gente conversa particular na nossa sala sobre esse assunto", ponderou Bolsonaro, conforme transcrição do G1.