Terreno anexo ao Palácio Rio Branco em Salvador será desapropriado pela Setur para ampliação de hotel; saiba mais
Por Mauricio Leiro / Victor Hernandes
O terreno anexo ao Palácio Rio Branco, localizado na Praça Thomé de Souza, no Centro Histórico de Salvador, será desapropriado pela Secretaria de Turismo da Bahia (Setur). O espaço, que tem 1.406,74 m², fica entre a Ladeira da Montanha e a Rua Pau da Bandeira.
O termo de desapropriação amigável foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), nesta terça-feira (12). A medida foi tomada após o governo da Bahia homologar a concessão onerosa do edifício-sede do Palácio Rio Branco. A empresa BM Varejo Empreendimentos Spe S.A, proprietária da rede hoteleira francesa BMF e também do hotel Rosewood, em São Paulo, foi a vencedora da concessão.
A Setur explicou à reportagem do Bahia Notícias que a área já estava prevista para ser desapropriada e que o local vai ser utilizado como ampliação do hotel, que será instalado no Palácio. O lugar contíguo ao prédio faz parte do processo de concessão firmado em janeiro (veja aqui) .
Segundo apuração do BN, o terreno é o que fica embaixo do Palácio e atrás da sede da Secretaria de Cultura do estado da Bahia (Secult-BA). O custo total é de cerca de R$ 135,5 milhões.
É estimado que o hotel localizado no Palácio Rio Branco terá cerca de 75 quartos, sendo 39 dentro do Palácio e 36 na área anexa.
São esperados entre 200 e 300 funcionários que devem trabalhar no empreendimento. O hotel que deve ser de seis estrelas contará ainda com piscina, sauna, salão de beleza, salão de leitura e estacionamento. Vale lembrar que, durante o processo de licitação, o Ministério Público da Bahia recomendou à Secretaria Estadual de Turismo (Setur) que suspendesse imediatamente o processo licitatório do Palácio (lembre aqui).
No entanto, mesmo com a recomendação, a gestão estadual manteve o processo licitatório de concorrência pública do imóvel, localizado no Centro Histórico da capital baiana.
Imagem do Terreno que será desapropiado
Ao Bahia Notícias, a Setur indicou que a área desapropriada "foi prevista no processo de concessão do patrimônio histórico à iniciativa privada, para a implantação de um hotel de luxo no imóvel, mantendo as características arquitetônicas originais do prédio". "O terreno citado será usado para a ampliação do novo empreendimento turístico", disse em nota.