Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Política

Notícia

Enquanto Lula recupera estátua de Jesus na cruz, Bolsonaro crucifica o presidente por decretos sobre armas

Por Edu Mota, de Brasília

Foto: Montagem com foto de Ricardo Stuckert e redes de Jair Bolsonaro

Nesta segunda-feira (24), o presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro postaram fotos que movimentaram as redes sociais e causaram uma boa dose de polêmica. Se de um lado a foto do presidente atual remetia a uma imagem religiosa, por outro, a que foi postada pelo presidente anterior seguia na linha da crítica inflamada contra o governo. 

 

A foto postada nas redes da Presidência da República mostra o presidente Lula após pendurar no seu gabinete no Palácio do Planalto uma estátua de Jesus Cristo crucificado, que esteve lá nos primeiros mandatos e foi retirada quando foi iniciado o governo Dilma Rousseff. A estátua foi alvo de intensa busca da força-tarefa da Operação Lava Jato, após o procurador Deltan Dallagnol acreditar em uma reportagem na internet que dizia que Lula havia roubado a peça do Palácio do Planalto após deixar o governo. 

 

Somente depois de a força-tarefa localizar a escultura no Banco do Brasil em São Paulo, o procurador Dallagnol descobriu que a peça não fazia parte do patrimônio público. A escultura foi presente pessoal ao então presidente Lula dado por José Alberto de Camargo, diretor da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), que a comprou de Dom Mauro Morelli, então bispo de Duque de Caxias. Antes de entrar no gabinete de Lula pela primeira vez, em 2003, a imagem chegou a ser enviada para restauração no Centro de Conservação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

Em janeiro de 2011, com o início do mandato de Dilma Rousseff, a escultura foi retirada do gabinete presidencial e levada a São Paulo, junto com outras peças valiosas do acervo de Lula. A operação de busca da peça comandada por Deltan Dallagnol se deu porque o procurador acreditava erroneamente que o crucifixo havia sido esculpido por Aleijadinho e pertencia à União.

 

Do seu lado, o ex-presidente Jair Bolsonaro postou uma foto em sua conta no Twitter para criticar os recentes decretos assinados pelo presidente Lula para tornar mais rígido o controle de armas de fogo no País. Na postagem, Bolsonaro relembrou foto tirada no ano de 2004, onde aparece colocando uma faixa em frente ao Memorial JK, em Brasília, com os dizeres "entregue sua arma, os vagabundos agradecem".

 

Ao longo do seu mandato entre 2019 e 2022, Jair Bolsonaro manteve a flexibilização do acesso a armas pelos cidadãos como uma das suas principais pautas. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número de registros CACs saltou de 117,5 mil em 2018 para 783,4 mil em 2022. O ex-presidente argumentava que a aquisição dos armamentos era importante para a legítima defesa dos civis. 

 

No dia da assinatura dos decretos de Lula com novas regras para aquisição de armas, o ex-presidente afirmou, em suas redes sociais, na defesa das suas iniciativas em relação a armamentos, citou dados do recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, divulgado na semana passada. Bolsonaro disse que as mortes violentas intencionais no país caíram 2,4% em 2022 na comparação com 2021 e atingiram o menor patamar da série histórica. Ele também destacou que em 2021, o Brasil registrou a menor taxa de homicídios em dez anos.

 

“Trabalho massivo das Forças Auxiliares de Segurança somado com nossa gestão focando em mais distribuição de recursos a estados e municípios, além da facilitação SEGUINDO A LEI, para aquisição de armas de fogo aos cidadãos brasileiros”, disse Jair Bolsonaro, em defesa da sua política de flexibilização da aquisição de armas no Brasil.