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Maia diz não ver relação entre caso das pedras preciosas de Bolsonaro e o 8 de janeiro

Por Edu Mota, de Brasília

Foto: Bruno Spada/ Câmara dos Deputados

Na abertura dos trabalhos da CPMI do 8 de janeiro nesta terça-feira (8), o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União-BA), chamou a atenção dos parlamentares para a ampliação do foco da investigação além do objeto da comissão. Maia se referiu à apresentação de diversos requerimentos dos membros da CPMI para quebras de sigilo e convocação de pessoas envolvidas com a compra de pedras preciosas pela equipe do então presidente Jair Bolsonaro. 

 

O presidente da CPMI destacou que nem todas as denúncias que envolvem personagens investigados pela comissão fariam parte do escopo da investigação. Arthur Maia disse não ver relação entre o caso da compra de pedras preciosas pelo ex-presidente com os acontecimentos do dia 8 de janeiro em Brasília. 

 

“Tenho uma grande preocupação em relação ao tamanho e ao nível de investigação que a CPMI está tomando. Essa comissão foi criada para investigar atos relacionados ao dia 8 de janeiro. Qualquer denúncia que exista eventualmente contra o ex-presidente, contra qualquer pessoa que fez parte de seu governo, não está necessariamente vinculada a esta CPMI. Essa comissão tem que se ater a seu objeto e investigar o que aconteceu no dia 8 de janeiro. Eu pessoalmente não vejo relação entre as pedras preciosas e o que aconteceu em Brasília. Quero chamar a atenção de todos os parlamentares para que tenhamos muito cuidado, até porque não temos um tempo indefinido para os nossos trabalhos”, disse o presidente da CPMI. 

 

Na última semana, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) revelou que segundo dados da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), em outubro de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro receberam, respectivamente, um envelope e uma caixa contendo pedras preciosas. Mas os presentes não constam na lista de 46 páginas e 1055 itens recebidos durante o mandato.

 

Na denúncia, a deputada aponta que em troca de e-mails analisada pela CPMI, auxiliares do ex-presidente dizem que as pedras não deveriam ser cadastradas, e sim entregues em mãos ao tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens e braço direito de Bolsonaro. Por conta dessa denúncia, membros da CPMI apresentaram dezenas de requerimentos de quebra de sigilo e convocação de pessoas envolvidas com o caso das pedras preciosas. 

 

O deputado Arthur Maia sugeriu aos parlamentares que tentem criar uma CPI para investigar o caso das pedras preciosas.