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Arthur Maia diz que investigações da CPMI já comprovaram um "apagão geral" de todas as forças de segurança

Por Edu Mota, de Brasília

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Acima das disputas políticas e narrativas das bancadas governistas e de oposição, depoimentos e investigações da CPMI do 8 de janeiro já deixaram claro que houve um gigantesco apagão da segurança pública, o que facilitou os atos de vandalismo e destruição das sedes dos três poderes. Essa foi a opinião dada pelo deputado Arthur Maia (União-BA), em entrevista à imprensa, antes do início do depoimento do general Gonçalves Dias, nesta quinta-feira (31). 

 

“Está claro que houve um grande apagão da segurança pública. Houve falha imensa da Polícia Militar do Distrito Federal, da Força Nacional, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), consequentemente do Plano Escudo, e do Batalhão da Guarda Presidencial. Há um contingente de homens que ficam permanentemente dentro do Palácio do Planalto para proteger o prédio. Mas assistimos no dia 8 de janeiro pessoas que adentraram no Palácio do Planalto sem fazer força. Encontraram as portas abertas. Houve apagão generalizado. Nenhuma das forças responsáveis pela segurança agiu como deveria naquele dia”, disse o deputado Maia. 

 

No início dos trabalhos da comissão, o presidente do colegiado informou aos deputados e senadores que recebeu ofício do ministro da Justiça, Flávio Dino, com explicações sobre a questão das imagens do prédio no dia 8 de janeiro. A bancada de oposição critica o ministro por ter enviado imagens de apenas duas câmeras do Ministério da Justiça. 

 

O ofício enviado à CPMI contém a explicação do Ministério da Justiça de que, por contrato, a empresa de segurança mantém imagens preservadas por 30 dias. Após esse tempo, segundo o ofício, há o procedimento de regravação, o que explicaria o fato de não estarem disponíveis as imagens das câmeras do prédio no dia 8 de janeiro. 

 

Os membros da CPMI pediram as gravações das câmeras de segurança do Ministério da Justiça, mas, como a solicitação foi feita sete meses depois do ocorrido, segundo argumentou o Ministério da Justiça, as imagens já não existem mais.

 

Antes do depoimento do general Gonçalves Dias, houve muito bate-boca e confusão na CPMI, após a leitura dos ofícios do Ministério da Justiça. O presidente da comissão, Arthur Maia, chegou a ameaçar de expulsar da sala da CPMI os deputados André Fernandes (PL-CE) e Abilio Brunini (PL-MT) por estarem tumultuando os trabalhos.