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Plano para construir teatro público em Salvador esfria e prefeitura tem reforma do Vila Velha como prioridade

Por Gabriel Lopes

Foto: Divulgação / Teatro Vila Velha

Não é novidade que a prefeitura de Salvador busca um espaço para construir um teatro municipal, especialmente após o incêndio que atingiu o Teatro Castro Alves (TCA) em janeiro do ano passado. O Executivo soteropolitano, contudo, enfrenta dificuldade para encontrar um espaço viável na capital baiana. Com isso, as conversas para tirar o equipamento do papel esfriaram e o foco da gestão Bruno Reis (União) deve ser a entrega da requalificação do Teatro Vila Velha, que completa 60 anos em 2024.

 

O cenário foi passado ao Bahia Notícias pelo secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho. Provocado pela reportagem sobre novidades em relação ao teatro municipal, o titular da Secult confirmou que um dos principais entraves para executar a ideia é a "falta de espaço".

 

De acordo com o secretário, o "grande teatro municipal de Salvador" em 2024 será o Vila Velha completamente reformado. "A gente está com duas previsões para 2024 nesse sentido, que é a Arena Multiuso, que vai ter um espaço que permite grandes apresentações, e o Vila Velha, que vai ser um investimento altíssimo", disse Tourinho.

 

A expectativa é que a licitação do Vila Velha, que está localizado no Passeio Público, no bairro do Campo Grande, seja aberta ainda no primeiro semestre do ano, com entrega prevista para o final de 2024. A empresa responsável pelo projeto de requalificação da casa de espetáculos teatrais já foi definida. Ainda no mês de setembro de 2023, a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) publicou que a A+P Arquitetura e Urbanismo foi contratada por meio de inexigibilidade de licitação. O valor para a execução do projeto é de R$ 793,6 mil.

 

No caso do novo teatro público, o Bahia Notícias já havia evidenciado os obstáculos enfrentados pela prefeitura de Salvador em 2023. À época, a reportagem mostrou que durante os estudos de viabilidade alguns locais foram colocados em pauta de discussão e rapidamente descartados, a exemplo dos antigos Cine-Teatro Jandaia e Cine Pax, localizados na Baixa dos Sapateiros. Os dois imóveis estão localizados na Avenida José Joaquim Seabra e poucos metros os separam.

 

Outro local analisado e vetado foi o Centro de Convenções instalado na orla da Boca do Rio. Sem detalhar os motivos, uma das fontes ouvidas pelo BN afirmou que a negativa teria partido do próprio conglomerado francês GL Events, concessionária responsável pela administração. A ideia era que o teatro municipal se instalasse em um espaço do Centro de Convenções que atualmente não é usado para exposições, mas sim para debates e "mesas redondas".

 

Na semana passada, o presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, revelou em entrevista ao Bahia Notícias que a construção de um teatro público dependeria da iniciativa do prefeito Bruno Reis.

 

OBRAS NO VILA VELHA

Em julho do ano passado, a prefeitura de Salvador anunciou uma parceria para requalificar e modernizar o equipamento. A obra terá como base o projeto original, elaborado pelo arquiteto alemão Carl Von Hauenschild. Foi ele quem desenhou a planta atual do teatro, que passou por uma refundação em 1998. Agora, a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) vai atualizar o projeto, com a promessa de fazer adequações para a modernidade, como maior acessibilidade, maior número de banheiros e de áreas de segurança, e com climatização mais silenciosa.

 

Além do Vila Velha, a gestão municipal também vai realizar uma reforma no Passeio Público, área histórica de lazer onde o teatro está abrigado. A expectativa é que as intervenções refaçam algumas áreas de pedra portuguesa que estão desgastadas por conta do tempo e que deixam a caminhada difícil no local, e também apliquem novas normas de acessibilidade.